Ministrados por MARCOS PINTO, professor multilíngue( Inglês, Francês, Espanhol e Italiano ), profissional na área das Artes Gráficas. Ilustrador com mais de 30 anos de experiência com trabalhos em ilustração para Literatura, Cartum e História em Quadrinhos dedicados ao público Infanto-Juvenil - publicados no Brasil, e também divulgados no Exterior, assim como trabalha como professor de crianças e jovens na área das Artes Gráficas desde 1984.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Anotações para a SEGUNDA AULA do CURSO de MANGÁ na PUCRS!
desenho de formas )em cor verde, azul ou laranja CLAROS, e SEM MARCAR
o papel - como essa parte ainda é preliminar, deixe que o trabalho
definitivo o seja em PRETO, que é o que vai aparecer, já que essas
cores( azul, verde ou laranja desde que bem claros )refletem mais a
luz( do scanner ou da xerox ), portanto são pouco "capturadas" na
imagem final.
ou,
Use um lápis duro para rascunhar e depois,
Use um lápis macio para finalizar!
Por que isso?
Porque, quando se tem que finalizar um trabalho, os rascunhos( que
ainda aparecem por baixo do traço definitivo )têm que ser eliminados -
logo, se tu usas uma dessas cores, se ela estiver esmaecida o
suficiente( ou seja, não se rescunhou com força, marcando o papel ), o
rascunho não vai aparecer - ou, se tu preferes travalhar tudo à lápis(
rascunho e finalização )use dois tipos de lápis: um que seja duro e
deixe pouco grafite por traço para rascunhar e outro, mais macio, para
usares afim de definir os traços!
Via de regra:
- Os lápis marcados como "B"( 2B, 3B e 6B >>> crescentemente )são MACIOS;
- Os lápis comuns( desses que todo mundo usa )são, gerelmente,
equivalentes ao 2B - nem muito macio, nem muito duro, embora variem de
marca para marca;
- Os lápis marcados como "H"( HB, H, 2H, 3H >>> crescentemente )são DUROS.
Esse tipo de graduação de maciez ou dureza é marca registrada pela
empresa Faber-Castell.
Portanto, como nenhuma outra empresa( exceto uma )criou uma
calssificação própria, e como a classificação "Faber-Castell" se
afirmou no Mercado, essas outras fábricas têm pago royalties para
poderem licenciar os seus produtos usando, o que acabou se tornando
comum( embora todas paguem por isso )!
A exceção é o caso da Conté, uma fábrica francesa de materiais de
desenho e arte - de fato os lapis fabricados pela mesma são
"graduados" por "F"s e "G"s( duros e macios, respectivamente ), mas os
seus produtos não são muito comuns aqui no Brasil.
É claro,
Pode-se usar lapiseiras 0.5 ou 0.9mm, embora tenham em mente o tipo de
grafite que vocês forem comprar!
- O grafite mais macio para lapiseiras é o 3B ( não tem como ser mais
macio que esse, já que se quebraria fácil demais; contudo, o efeito é
bem similar ao do lápis 6B )
- O grafite mais duro para lapiseiras é o 2H( mas é TÃO duro que mal e
mal deixa um risco MUITO fino no papel - de fato, esse tipo de grafite
era usado para desenho mecânico, onde não se pode haver borrões ).
Problemas:
- Os grafites macios( quer em lápis ou lapiseiras )tendem a borrar, e
são ruins de se apagar, já que "sujam" a borracha facilmente, e, ao se
apagar, se acaba espalhando mais e mais;
- Os grafites duros tendem a "arranhar" o papel, deixando marcas que,
mesmo que se possa apagar os traços, fica a depressão onde o grafite
foi depositado( por lápis ou lapiseira )e... o problema é que essa
marca acaba aparecendo na cópia de scanner ou de xerox que vocês,
mais tarde terão de fazer( para o fanzine ou website do curso )!
O certo, então, é usar o tipo correto de grafite para cada fase do trabalho:
Seja ele duro ( em preto, ou em cores claras )para os rascunhos, onde
se traçam linhas de marcação, se definem formas básicas, etc;
Seja ele macio( definitivo, sempre em preto )para os traços finais!
Contudo, em AMBOS os casos, nunca force ou marque o papel - as marcas
ficam e não se podem apagar, assim como, se o papel estiver MUITO
marcado, isso vai acabar interferindo na próxima fase, que é a de
Arte-final!
Postura e firmeza das mãos é muito importante, pois isso permite que
os traços sejam firmes e seguros, minimizando o trabalho de rascunho,
logo... deixando o trabalho mais "limpo"!
- Apóie o antebraço sobre a mesa, em toda a sua extensão( do cotovelo
ao pulso ), isso vai evitar que tu tremas ao desenhar;
- Apóie o "gume" externo da mão, embora não precise ser tão firme
quanto o antebraço( deixe um pouco de movimento );
- Use os três dedos( polegar e indicador para segurar o
lápis/lapiseira ), e o dedo médio para servir de apoio - somente estes
três dedos precisam se mover.
Pratique as formas básicas( esferas )de construção da cabeça, dentor
daquele mesmo esquema de proporções ( a partir do esquema em quatro
alturas na forma da cabeça ) que nós vimos em aula!
Seja ele:
- 2,5( sobre ) e 1,5( abaixo ), o que dá uma cabeça mais próxima do
formato real, não estilizado;
- 3,0( sobre ) e 1,0( abaixo ), o que é bem mais comum no Mangá,
especialmente nos SDs!
E, experimente variar essas proporções!
Normalmente,
- Quando as duas "esfers são aproximadamente do mesmo tamanho, nós
acabamos tendo por construir um rosto de feitio LONGO e ESTREITO,
quase retangular;
- Quando a esfera superior é muito maior que a inferior, náo acabamos
por ter que constuir um rosto de feitio CURTO e LARGO!
Lembrem-se que o feito da cabeça INFLUI nas proporções gerais do corpo
humano, já que é o feitio e proporções da cabeça que vão servir de
referência para a construção do resto do corpo, por uma questão de
Harmonia e Proporção.
O que acontece muitas vezes no Mangá e no Anime é que o corpo é
desenhado segundo uma proporção aproximada do Canon: ou seja, do
Desenho Naturalista, Acadêmico( por sinal as Escolas de Desenho em
Mangá, no Japão dão muita ênfase a esse tipo de Desenho ), enquanto a
estilização se concentra na cabeça, nas mãos e nos pés!
Elementos MAIS expressivos no rosto:
Olhos +
Nariz -
Boca +
Estrutura da Cabeça >>> Regra de Ouro >>> centros geométrico( na
altura do nariz )e, muito mais importante, o centro visual( o
primeiro, logo acima do geométrico, e o segundo refletido abaixo ), ou
seja o que correspondem aos:
- OLHOS acima, e, BOCA:
Ambos correspondem aos dois centros visuais que o rosto humano tem, e
não é por nada que as pessoas focam a sua atenção neles - logo, já que
a atenção foi naturalmente focada, isso se torna a via de onde as
emoções podem ser transmitidas!
Lembrem de anotar isso também para as aulas de LAY-OUT( rascunho e
composição de páginas ou de ilustrações ), não esqueçam!
Uma coisa sempre puxa a outra, como nós vamos ver ao longo do curso.
^^
Um bom final de semana para todos vocês, e a gente se vê na terça!
Um abraço!
quarta-feira, 25 de março de 2009
Curso de Mangá PUCRS : FICHA DE PERSONAGEM
O primeiro passo é organizar as idéias!
É claro, cada um de vocês pode ter um conceito de personagem, mas, é sempre útil ter os dados desse(s) personagem(ns) - portanto, façam uma ficha para cada!
Comece a organizar o seu conceito personagem ao separar as suas características de acordo com:
- Características FÍSICAS: sexo, idade, se é forte ou fraco, se é adulto ou criança, cor da pele e cabelo, etc;
- Características MENTAIS: inteligência, talentos, habilidades mentais, se fala outras Línguas, etc;
- Características EMOCIONAIS: emotividade( ou não ), sensibilidades, gostos e coisas de que não gosta, etc;
- Características SOCIAIS: se tem: família, amigos, amantes, ou se relaciona bem ou mal com as pessoas, etc.
Mas,
Lembrem sempre que as características, de uma forma ou outra, acabam influindo( pouco muito ou BASTANTE, de acordo com o personagem )umas às outras!
Por exemplo,
Ao definir uma característica "física", tu tens que imaginar( e listar, na ficha abaixo )
o que isso influi "mental" e/ou "emocionalmente", assim como "socialmente" o personagem!
Vocês podem começar a partir de qualquer uma das características - portanto, não precisam começar da "física" só porque ela é a primeira da lista - mas ainda assim têm que imaginar e listar o que essa característica que escolheram pode influir( pouco, muito ou bastante às outras )
Separem as coisas por tópicos( por exemplo, se listarem a cor do cabelo da persnonagem, usem uma outra linha/vaga para listar a cor da pele, ou a cor dos olhos, etc ), como, por exemplo, assim:
Físicas | Emocionais | Mentais | Sociais |
Sexo: feminino | - Gosta de desenhar - Gosta de estórias em Fantasia Medieval - Gosta de animês e mangás( cite quais ) | - Talento para o Desenho - Se interessa pelas aulas de História na Idade Média - Estuda Japonês | As pessoas lhe pedem desenhos o tempo todo! |
Idade: 15 | - Um pouco emotiva demais... às vezes, faz um drama danado! | - Tende a se distrair, se o assunto não lhe interessa! | Tem vários amigos, embora um ou dois são especiais! ( cite os nomes deles/as e crie fichas para eles/as também ) |
Cor dos olhos: marrons | Gostaria que fosem verdes! | X | X |
... E assim por diante!
Uma linha para cada elemento.
Se uma determinada característica influir nas outras( por exemplo, se a menina acima gostaria que seus olhos fossem verdes, vocês listam isso na característica "emocional" ); se essa característica não influi "mental" ou "socailmente" a personagem, é só marcar com um "X" para demonstrar que isso não influi( mas, se influir, descreva )!
Por exemplo,
Acima eu correlacionei em "emocionais": o gosto dela por desenhar e também o gosto dela por estórias em Fantasia Medieval com >>> as características "mentais" dela, a respeito do Talento que ela de fato tem para o Desenho, mais o interesse dela pelas aulas de História da da Idade Média!
...
Assim, tópico por tópico vocês vão ORGANIZANDO o conceito de personagem de vocês, e, eventualmetne, descobrindo que algumas de suas característica podem( ou precisam )ser mais trabalhadas!
A partir daí, é mais fácil escrever a "biografia" do personagem e de como ele/ela se interrelaciona com os outros, tendo essas fichas como bases!
Tire quantas fichas precisar, mas uma para cada personagem.
Crie as suas próprias fichas de personagem a partir desta grade( escreva diretamente nesta grade, que ela vai se expandir afim d epoder acber tudio ), mas não esqueça de manter isso tudo bem organizado, certo?
Depois, me reenvie e-mail para :
marcosbnpinto@gmail.com
Bom trabalho!
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FICHA DE PERSONAGEM
Nome( do autor/a ):
Criado em: ( / / 200_ )
Nome do Personagem:
CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS | EMOCIONAIS | MENTAIS | SOCIAIS |
( Acrescente mais linhas, se precisar - as que sobrarem, deixe em branco )
Nome e Assinatura:
-----------------------------
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sábado, 21 de março de 2009
Curso de Mangá PUCRS: Anotações para a PRIMEIRA AULA
Quais as suas relações com a História em Quadrinhos no Ocidente, e o Cinema?
"Arte Sequencial " é um fenômeno Universal - em todas as partes, a Humanidade tentou de alguma forma, exprimir não somente o movimento de uma cena através de desenhos isolados, mas em conjunto - na verdade, esse é o fundamento da Língua escrita - onde, inicialmente imagens em sequencia definiam o teor da mensagem a ser transmitida; mais tarde, essas imagens forma codificadas em sons, e, ainda mais tarde, em letras que, se combinando de maneiras as mais diferentes, expressavam sons, logo, palavras - e as idéias relacionadas às mesmas.
A "Arte sequencial "( um termo cunhado por Will Eisner )pode definir o que entendemos quer como Quadrinhos, Cartum, Mangá - e a relação destes Gêneros com outras formas de Arte, notadamente o Cinema( assim como o Teatro, para o Mangá em seu início ), tão cênicas ou descritivas, e que têm por fim "contar uma estória" de uma maneira gráfica ou cênica( com movimento, ou não )!
Enquanto o que atualmente entendemos por "Quadrinhos" no Ocidente começou com o trabalho de Richard Fenton Outcault com o seu personagem "Yellow kid", em 1895 - onde pela primeira vez um personagem era:
- Apresentado serialmente, com estórias em sequência, ou interligadas;
- Apresentado graficamente, em uma mídia impressa de grande circulação;
- Havia o uso de grafemas( aquelas linhas e símbolos que expressam emoções dos personagens e o movimento às cenas )
- Havia o uso de balões.
Basicamente, as ditas "histórias em quadrinhos" anteriores tinham alguns desses elementos, embora não todos estivessem presentes!
Em 1895, também, foi exibido o primeiro filme dos Irmãos Lumière - e, tal como os quadrinhos, de cunho popular, a Arte do Cinema que daí surgiu, também teve que enfrentar o preconceito a respeito de "não ser intelectualizada o bastante" - logo, não seria "Arte" simplesmente por ser de cunho e gosto populares, e dedicada ao entretenimento( embora, mais tarde, tanto Quadrinhos como Cinema também abordem assuntos e tópicos mais sérios ).
Desde então, ambas as Artes têm se influenciado uma à outra, quer em termos de Linguagem, Abordagem ou Temas, já que ambas têm de fato muito em comum!
No Japão, muito antes do Cinema e bem antes da popularização das mídias impressas tal como no Ocidente com todos os seus jornais e revistas populares, de baixo custo e acessíveis ao povo em geral, já havia uma certa simbiose entre artistas gráficos e o teatro de bonecos( Bunraku ) e o teatro de atores ( Kabuki ),onde os primeiros eram responsáveis por produzir o material gráfico necessário para a divulgação dos espetáculos; tal coisa não era comum no Ocidente desde a mesma época em que essa "simbiose" ocorria no Japão( desde meados do século XVIII )!
Haviam dois Gêneros de espetáculos teatrais:
- Jidai mono: de conteúdo histórico, com histórias sobre heróis, espadachins, de caráter ÉPICO.
- Sewa mono: de conteúdo intimista, com históas sobre a vida das pessoas comuns, dramas familiares, etc, com um caráter DOMÉSTICO.
Ambos os Gêneros eram dedicados ao entretenimento das pessoas
... Não soa estranhamente familiar que haja, hoje em dia, Gêneros como o Shonen ou Shojo Mangá( s ),onde há as suas diferentes abordagens, para os diferentes públicos?
Na virada do século XVIII para o XIX, no Japão, então completamente isolado da Cultura Ocidental o artista Gráfico Hokusai Katsushika ( 1760/1849 ) cunha o termo "Mangá" ( 漫画 ), que significa "Desenhos espontâneos", ilustrações "com o fim de entretenimento" - o que, de certa forma, relaciona o Mangá à direção que os Quadrinhos, no Ocidente iriam tomar, e embebendo-se da influência mútua com o Cinema - tal como descrevi acima!
Seu trabalho como artista gráfico era produzir cartazes, folhetos, e material de divulgaçaõ para os espetáculos de teatro( buraku ou kabuki ), embora Hokusai também houvesse trabalhado como artista gráfico de cunho original, produzindo álbuns de desenhos impressos sobre temas diversos.
Contudo,
O seu trabalho não era "quadrinhos" tal como conhecemos "mangá" hoje em dia: Hokusai era, essencialmente, um ilustrador, embora já se dedicasse à uma abordagem dinâmica e de cunho popular; de fato, já haviam "revistas" ilustradas( na verdade, eram como se fossem versões em narrativa escrita dos espetáculos em voga na época, embora bastante ilustradas - como as ilustrações eram sequenciadas, as bases para uma "história em quadrinhos" foram daí lançadas )!
( "A Grande Onda em Kanagawa", por Hokusai = "Kanagawa Oki Nami Ura",
do álbum "As 36 vistas do Monte Fuji"( publicadas entre 1826 e 1833 ).
Eu citei esta ilustração acima em aula - como vocês pareciam não ter conhecimento dela, estou a acrescentando aqui - em todo o caso, visitem os links que estão no texto... se houver o problema com os textos de referência( na Wikipédia )estarem em Inglês, ainda assim voc~es podes usar as ferramentas de tradução( eu mesmo já colaborei com textos originais ou traduzidos, por lá )!
Bom proveito!
...
Com a abertura do Japão ao contato com o Ocidente, bem mais tarde, os artistas gráficos Japoneses tomaram conhecimento das maneiras que nós( notadamente, autores Franceses )editavam os seus trabalhos: em capítulos, em revistas de grande circulação, onde os capítulos eram mais tarde reunidos em volumes separadaos para cada obra( por sinal, o mesmo sistema foi aplicado no Brasil - cuja influência cultural, tal como no século XIX era majoritariamente vinda da França, influenciando autores tais como José de Alencar ou Machado de Assis, que publicavam suas obras no formato de "folhetim", dentro de revistas, antes de poderem ter as mesmas publicadas definitivamente em sua forma de livros! ); de fato, até há relativamente pouco tempo isso era mais comum - por exemplo as estórias da série "Astérix" eram originalmente publicadas( meia, ou uma págian por vez )na revista semanal "Pilote" ao longo de um ano inteiro - quando, mais tarde, à época do Natal, as estórias eram recompiladas em álbuns, "edições de luxo"( embora não excessivamente caras - na verdade, edições bem acabadas, em papel de melhor qualidade, com capas duras )eram destinadas aos colecionadores ou para serem dadas como presentes!
Novamente,
Uma coisa que permaneceu: os mangás, ainda hoje em dia são publicados em "folhetins"( capítulos seriados, publicados com muitos outros em revistas ), editadas em papel jornal - para, se tiverem sucesso, serem recompiladas em "tanko bon", impressos em um papel melhor, também destinadas aos colecionadores desta ou daquela determinada série que ali está reeditada!
Mas, revistas, revistas de mangá( tal como histórias em quadrinhos )são um fenômeno posterior, que surgiu por volda dos anos 1920/24,onde se aplicaram esses princípios editoriais acima - tanto por ter por fim baratear os custos( assim como experimentar novos autores ), como consolidar o público!
Há relativamente poucos títulos sendo publicados no entre-guerras, embora a divisão entre "shonen" e "shojo" amngás já se consolide, com revistas especializadas para, quer o público masculino ou femininio - e, embora o núme ro de títulos e sua tiragem ficassem ainda mais reduzidos( censura, falta de papel )durante o período da Segunda Guerra Mundial, os mangá contiunuaram a ser publicados!
( A guerra durou de 1941/45 para o Japão, embora as hostilidades com a Inglaterra já houvessem começado desde 1940 ); com a derrota do Japão na segunda guerra - embora, tal como disse em aula, mesmo a Inglaterra - do lado "vencedor" - só começou as se recuperar do prejuízo QUINZE ANOS após o fim das hostilidades )
As pessoas queriam um meio barato e interessante, envolvente de poderme se distrair; daí, surgiu o fenômeno das bibliotecas ambulantes, onde mangás poderiam ser alugados a baixíssimo custo!
( Tal como ocorre hoje em dia com as locadoras de vídeo - embora tu precises de um aparelho de DVD para poder assistir, é claro, logo não é tão "barato" assim... mas tu podes entender o que quero dizer )
No início dos anos 1950, surge Tezuka Osamu ( que era médico formado, mas escolheu não exercer a profissão )viu essa brecha de trabalho e formou uma equipe de artistas afim de suprir às necessidades dessas pequenas editoras, produzindo materiais de aventura, fantasia, ficção científica, mitologia, etc etc, tudo em mangá!
A estrutura da equipe de trabalho, para o mangá, difere da estrutura ocidental:
- Enquanto no Ocidente há a divisaõ de trabalho entre autor/roteirista >>> desenhista >>> arte-finalista, com eventuais "assitentes de arte"( uma equipe de três a cinco pessoas )afim de agilizar os trabalhos, no Japão há o autor, mais desenhistas especializados em personagens ou cenários, passando pela maquinaria( ou, em Japonês: "mecha" ), e assitentes de arte para cada um desses setores de uma mesma história!
Isso permite que os produtos finais sejam de um número maio de páginas, saindo muito mais frequentemente que no Ocidente, embora exija um trabalho de coordenação constante!
Dentre esses novos autores, muitos que outrora começaram como assitentes nesta ou aquela área, mais tarde se destacaram em carreiras, quer produzindo para públicos tão diversos( embora Tezuka, mesmo, produzisse para AMBOS os públicos )quanto os do "Shonen" ou "Shojo" Mangás - autores tais como Matsumoto Reiji ou Ikeda Riyoko , que, por sua vez, começaram como assitentes de outros artistas, quando iniciantes.
Basicamente, era uma equipe( liderada por um dos artistas )que entrava em contato e era contratada pelos editores afim de produzir um certo tipo de material
Evenetualmnente, como sistema paralelo,
Durante os anos 1960/70, e até meados dos anos 1980 era relativamente comum as Editoras lançarem "concursos" à cata de novos talentos; contudo, provevelmente Takahashi Rumiko ( em 1978, com "Urusei Yatsura"m sendo publicado pela revista "Shonen Sunday" )foi a última artista a ter uma carreria consolidade ter começado desta maneira - pois, com o crescente acúmulo de material, e a impossibilidade logística de se poder avaliar todos a tempo, assim como a aparição de "agentes intermediários"( e uma concorrência entre eles que necessariamente não era do interesse dos Editores no Japão )inviabilizou esse sistema; de fato, com tiragens maiores, as editoras não se poderiam dar ao luxo de "encalharem" as suas edições devido a material que eventualmente não fosse do interesse do seu público consumidor, logo uma nova tática afim de captar novos talentos deveria ser aperfeiçoada.
...
E surgiu a busca de novos talentos no meio dos fanzines( "dojinshi" em Japonês ); publicações independentes, onde os fãs produziam estórias alternativas sobre as suas séries e personagens favoritos, e, onde, curiosamente, algusn autores vieram a se consolidar, embora como autores "fanzineiros", tendo inclusive, fãs de seu trabalho alternativo!
No Japão, há convenções especialmente dedicadas aos fanzines, onde, eventualmente, novos autores podem expor os seus trabalhos( mesmo como fanzines )ou, eventualmente, entrar em contato profissional com os mesmos editores daqueles trabalhos aos quais está sendo feito tal "trabalho de fã" - o que importa e é avaliado é a capacidade profissional e engajamento do artista...
... E isso é um dos temas para as nossas próximas aulas!
Um bom fim de semana para vocês!
Nos vemos na próxima terça-feira!